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Resenha: O Túmulo dos Vagalumes

24/4/2015

36 Comentários

 
Paulo Vinicius F. dos Santos.
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Hotaru no Haka ou o Túmulo dos Vagalumes não é um filme fácil de ser visto. Sinceramente eu poderia ter passado a minha vida toda sem sequer ter tido o interesse de vê-lo. Eu entendo a produção do Studio Ghibli sempre com mensagens boas e bonitas, histórias estimulando a amizade e o companheirismo. E este filme não é nada próximo disso. É uma história triste e de violência (sutil, mas violenta). Ao ver os 90 minutos de projeção, pude traçar algumas comparações com alguns filmes de Akira Kurosawa e suas críticas à guerra. Isao Takahata realmente produziu algo bem diferente do padrão que ele mesmo ajudou a criar. Sobre a participação de Hayao Miyazaki, ele apenas participou ajudando na direção e com alguns elementos de enredo. Na biografia do Studio Ghibli diz-se que ele acabou por pedir para não ser incluso nos créditos da animação.

Seita e Setsuko são irmãos que passam por vários apuros durante a parte final da Segunda Guerra Mundial. Entre brincadeiras e diversões eles vivem a dura vida daqueles que ficaram para trás, nas cidades atacadas pelos bombardeiros aéreos. Seita é um adolescente tentando ser responsável e cuidando da sua irmã, último pedido de sua mãe antes de morrer. Setsuko é muito nova, gosta de drops e de brincar de correr. Agitada como toda criança de sua idade, Setsuko vai ter que aprender a lidar com a perda desde muito nova.

A mãe dos dois morre vítima de um ataque aéreo. Não sobrevive a acaba deixando os dois sozinhos antes de chegar ao abrigo. Uma das muitas cenas fortes desse filme é Seita vendo sua mãe completamente deformada devido às queimaduras e contusões do ataque aéreo. O pai de Seita é um marinheiro a bordo da poderosa esquadra japonesa que também se rende no final da guerra. Seita tenta de todas as formas entrar em contato com o seu pai, mas ele nunca responde e Seita não entende porquê (só vai entender o motivo quase no final). Então Seita e Setsuko precisam se hospedar na casa da tia deles por algum tempo. Mas, se inicialmente a tia os recebe de braços abertos com o tempo a situação muda de figura e os dois acabam se tornando um peso. Com as críticas da tia, os dois irmãos acabam saindo da casa dela e se mudando para um abrigo antiaéreo abandonado.

A perda é o grande tema por trás do enredo do filme. Com a guerra, Seita e Setsuko perdem muita coisa: os pais, a casa, a infância, a inocência e até a vida. Vemos esta terrível batalha ao longo de toda a história, sempre torcendo para que algo positivo possa acontecer a um dos dois. Mas, esta esperança não passa de uma ilusão. Aliás, a esperança é a última das perdas dos dois irmãos na história. Quando esta se vai, tudo se perde. No início do filme, Seita aparece caído como um mendigo na estação de trem em Tokyo. É uma cena poderosa que o espectador só vai entender mais tarde. Naquele momento, Seita perdeu tudo, e seus olhos refletem o vazio de quando uma pessoa tem tudo retirado de si.

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Isao Takahata quis mostrar nesse filme que a guerra não é bonita. Fala-se muito de glória e de honra quando quem sofre mais são aqueles que ficaram para trás. Em um mundo em que a cada minuto podemos perder a vida nas mãos de um ataque aéreo, a vida das pessoas se transforma. Todos aqueles ao redor dos dois irmãos se transformam. Vemos a tia se transformar de uma mulher doce e carinhosa em uma fanática pelo militarismo japonês. Os irmãos não fazem nada pelo Japão, logo não tem o direito de habitar a mesma casa daqueles que trabalham para o poderoso imperador Hirohito. O fazendeiro que prestava pequenos favores dando arroz em troca de alguns kimonos da mãe de Seita, de repente se torna amargo e egoísta guardando a comida para si. E, em tempos de guerra, será que estas pessoas são tão erradas assim? Ou é o jeito delas de sobreviver e manter a sanidade?

Um dos maiores obstáculos para Seita e Setsuko se torna a busca por comida mais para o final do filme. Não tenho como explicar essa parte sem dar spoilers dos filmes, mas, a morte de Setsuko é muito tola. Ela morre com alguma bactéria ou parasita que poderia facilmente ter sido tratado com algum remédio e muita comida. A sensação de impotência de Seita diante da aflição de Setsuko demonstra tudo: como algo tão bobo pode acabar com sua querida irmã? Acredito que Seita poderia ter passado por cima de tudo o que lhe aconteceu no filme, desde a perda da casa até se tornar órfão, mas ver sua irmã morrer nos seus braços foi o prego final no caixão. Por falar em caixão, não tem como se emocionar ao ver Seita colocando Setsuko dentro de uma caixa de palha com todas as coisas que lhe eram queridas e cremando sua própria irmã. É de partir o coração de qualquer pessoa.

O filme é belíssimo visualmente. A atmosfera do filme é vibrante na maioria das cenas. A praia que os irmãos visitam, a beira do lago em que eles brincam de pega-pega, a floresta de vagalumes à noite. Se alguém pensa que o visual do filme é sombrio, esqueçam. Apenas algumas cenas marcam uma palheta mais cinza que é durante os ataques aéreos. Na maior parte do tempo, vemos Setsuko sorrindo e feliz. O clipe de imagens de Setsuko que aparece após sua morte também corrobora esta vibração de cores. Em alguns momentos, o espectador se questiona se esse é um filme de guerra mesmo.

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É preciso ter muito estômago para ver esse filme. A gente acaba se apegando aos personagens. Vendo eles passarem por tantas perdas, faz com que nós desejemos  vê-los vencer. E a derrota final dos dois pela guerra e por tudo o que acontece ao redor nos faz reflexivos. Realmente, qual é o valor de uma guerra? O bem vencer o mal? Quem representa o bem e quem representa o mal? O que dá o título de bonzinho ou malzinho a uma pessoa? Entendo tudo aquilo que está por trás de uma guerra, mas, e as pessoas? O que elas tem a ver com jogos de poder entre nações?

Enfim, Túmulo dos Vagalumes é uma crítica contumaz à guerra e à violência que ela traz para a vida das pessoas. É um filme diferente, lindíssimo, porém, ao mesmo tempo, belamente horrendo e aterrorizante. Não recomendo o filme a ninguém, a não ser aqueles que queiram ver como os japoneses compreendem o impacto da Segunda Guerra Mundial em suas vidas, em suas crenças, em seus valores. Só tenho que concordar com Takahata após ver esse filme: que a guerra nunca traz nada de positivo a ninguém.

Na próxima semana, será algo mais light: vou resenhar Meu Vizinho Totoro, considerados um dos pontos altos da filmografia de Hayao Miyazaki.

 

36 Comentários
Jéssica link
4/11/2015 02:31:42 pm

Responder
Renato
19/6/2016 12:55:47 am

"Hayao Miyazaki realmente produziu algo bem diferente do padrão que ele mesmo ajudou a criar. "

Hummm... Será que o fato de Hayao miyazaki não ter participado da produção dessa animação tem alguma coisa a ver com isso?

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
19/6/2016 10:36:00 am

Fala, Renato.

Segundo Dani Cavallaro, uma das várias biógrafas da trajetória de Hayao Miyazaki, ele participou sim da produção de Grave of the Fireflies, mas acabou saindo do projeto por discordâncias criativas e o fato de ele estar envolvido em Totoro. Curiosamente este último acabou sendo finalizado primeiro do que Grave of the Fireflies. Miyazaki e Takahata sempre estiveram juntos na maior parte dos projetos do Ghibli, mesmo quando apenas de forma indireta.

Para muitos dos animadores do estúdio, Miyazaki funcionava como uma espécie de professor que sempre pairava pelo lugar e auxiliava a todos. Já Takahata era um pouco mais formal.

Abraços e obrigado pelo comentário!

Responder
Juliano link
10/7/2016 04:39:36 pm

Acabei de ver o filme.
Fui logo procurar uma resenha e achei esta página. Parabéns, vc redigiu muito bem sobre o assunto. Absurdo.

Responder
Juliano Atanazio link
10/7/2016 04:49:03 pm

Perdão... Estava comentando pelo celular... Onde está "absurdo", enta como "abs"... Corretores nos fazem passar vergonha. Sorry.
E reitero aqui meus parabéns a essa resenha.

Responder
Juliano Atanazio link
10/7/2016 04:50:10 pm

*entenda

Paulo Vinicius F. dos Santos
10/7/2016 06:58:43 pm

Fala, Juliano

Tudo bem? Agradeço muito aos comentários e espero que tenha gostado do filme!
Para mim, é um daqueles filmes que ficam marcados para a vida. Bom demais!

Abs!!!

Responder
Nislan
2/8/2016 05:13:00 pm

Assiste hoje é difícil não ficar desejando algo de melhor para os personagens.... Foi o filme de anime mais comovente que já vi.
Recomendado para adultos!

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
3/8/2016 10:25:34 pm

Fala, Nislan!

Túmulo dos Vagalumes não é um filme bonitinho. Como você viu, ele faz com que façamos uma reflexão sobre o que o homem pode fazer de ruim. Espero que tenha gostado!!

Responder
Marcio Roberto
23/8/2016 01:29:26 pm

Acabei de ver o filme e tinha que ver alguém falando a respeito. Não deu pra segurar as lágrimas e quando se lembra da cena inicial então... Já sabia que algo muito ruim tinha acontecido, mas quando finalmente é mostrado, é quase impossível de suportar. Muito bom o filme sem dúvida, e sua resenha foi ótima.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
23/8/2016 04:52:41 pm

Fala, Márcio!!

Túmulo dos Vaga-Lumes é um filme mau; mau no sentido de que te mostra a verdade nua e crua sobre o que aconteceu aos japoneses naquele momento. A guerra não é bonita; através desta animação, Takahata joga na sua cara que mesmo uma animação linda pode falar sobre um tema tão pesado.

Recomendo que você veja também Princesa Mononoke. É outra obra extremamente interessante se analisarmos pelo ponto de vista do conflito entre tecnologia e natureza.

Responder
Nadia
14/9/2016 04:10:50 am

Duas cenas me foram exttemamente comoventes... claro, o filme inteiro, mas em especial vê-lo cremar a própria irmã e ver os flashes pós morte de Setsuko foi assombroso.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
14/9/2016 07:30:35 am

A animação mostra de uma maneira bem sutil os horrores da guerra. Como aquelas pessoas foram afetadas diretamente por algo que não foram elas que iniciaram. A cena também da menina ficando cada vez mais doente na caverna e o irmão não podendo fazer nada também é bem impactante.

Responder
Paulo Monroe
7/11/2016 08:04:46 pm

Vi o filme ano passado após ver um vídeo sobre ele no YouTube. Filmaço, que definitivamente não é nada fácil de "digerir". Ótima resenha, parabéns.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos link
8/11/2016 08:57:11 am

Fala, Paulo

Agradeço pelos comentários!! E realmente é um filme difícil de assistir. Ele te deixa para baixo depois de tudo o que ele apresenta ao longo do enredo. Mas, é aquele tipo de filme que precisamos assistir. Você já leu um quadrinho chamado Maus (escrito por Art Spiegelman)? Se não leu, recomendo porque trata do Holocausto durante a Segunda Guerra, mas de uma maneira bem curiosa. O autor se inspirou em Revolução dos Bichos do Orwell e escreveu uma HQ em que os personagens são representados por animais.

Responder
ramona
3/12/2016 11:13:38 am

muito boa sua resenha, li com o coraçao apertado lembrando de cada cena e entendendo um pouco melhor alguns detalhes, assisiti ontem e ainda esta dificil esquecer da cena da Setsuko delirando, foi a que mais me comoveu, fiquei esperando ela levantar o braço pra comer a melancia, meu Deus... Enfim, li os comentarios e me interessei a ler Maus, parece bom

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
3/12/2016 12:00:54 pm

Tem algumas cenas desse filme que são realmente de partir o coração. Me lembro de algumas como a deles indo para aquele pedaço da floresta com vários vagalumes iluminando o caminho ou essa mesmo da Setsuko delirando. Não tem como não ficar emotivo.

Maus do Art Spiegelmann é uma HQ linda que trata praticamente do mesmo assunto. Você vai estranhar um pouco o traço do autor, mas siga firme que vale muito a pena.

E obrigado pelo comentário!!!

Responder
Lui
14/2/2017 11:01:26 pm

Filme crítica ao culto japonês ao trabalho firme e nacionalismo.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
15/2/2017 07:37:13 am

Concordo, mas acho que o tema principal é a banalidade da guerra e o que ela acarreta de consequência àqueles que ficam para trás. O que acontece com aquelas duas crianças é terrível.

Responder
Arthur Aires
28/2/2017 11:27:19 pm

Ótima resenha , assisti com minha turma o filme , metade da sala chorou.
A guerra nunca traz nada de bom , somente mortes .

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
2/3/2017 01:48:29 pm

Eu gostei da maneira sensível e profunda como o autor conseguiu captar a crueldade da guerra. E em nenhum momento vemos nenhum tipo de violência gratuita. Porém, a animação deixa a todos muito para baixo. Faz com que nós façamos uma reflexão sobre o propósito da guerra. E, aqueles que ficam para trás.

Responder
Adrienne
21/4/2017 06:48:39 am

Me comoveu mt com o filme, tenho um casal de filhos e os vi representados naquelas cenas, pois a diferença de idade de meu filho para com minha filha é a msm de Seira para com Setsuko, e meu filho a trata com o msm carinho q Seita a tratava.
O mesmo jeito q minha filha pede abrigo e socorro para o irmão, pq o ama e confia nele.
Tenho certeza q meu filho teria feito td por era exatamente como Seita fez, se estivessem na msm situacao.
Se ver o filme já parte o coração, o assistir com a impressão q poderiam ser as duas pessoas q vc mais ama passando por td aquilo sangra a alma.

Responder
Paulo Vinicius
21/4/2017 12:20:07 pm

Eu acredito que este é um filme muito poderoso. Ele conversa com o nosso íntimo: seja como pais, filhos, irmãos. É um filme belo, apesar de cruel. E eu acredito que se trata de uma animação atemporal porque a mensagem da banalidade da guerra não tem época, não tem temporalidade.

Responder
RENATO DO PRADO
23/7/2017 12:33:30 pm

Faço minhas as suas palavras...

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
23/7/2017 01:10:13 pm

Fala, Renato

Tudo bem? O Túmulo dos Vagalumes é um filme necessário para ser assistido. Apesar de muito pungente em alguns trechos e até ter um ritmo de melancolia e tristeza, trata de temas muito humanos. Um filme de uma sensibilidade ímpar.

Diego
5/6/2017 05:10:07 pm

Quando assisti o filme tentei não me levar pelas emoções e prestar atenção nos personagens, em tudo que acontece ao mesmo tempo.
É impossível não se apaixonar pela Setsuko que mesmo sendo uma criança no cenário da guerra é uma menina alegre, entretanto conforme a felicidade dela vai se esvaindo o filme fica mais melancólico. Assisti do inicio ao fim sem derramar uma lagrima mas quando fui comentar sobre o filme me peguei pasmo ao perceber que não conseguia conter minhas próprias lagrimas.
Um filme belo na trilha sonora, na arte, nas cores, no enredo e ao mesmo tempo extremamente triste, nesses 30 anos já assisti muitos animes, poucos me comoveram tanto.

Responder
Paulo Vinicius
5/6/2017 09:33:46 pm

Olá, Diego.

Tive a mesma impressão que você. O amor entre os dois irmãos é testado o tempo inteiro na história. E a alegria da Setsuko é a bússola que conduz o filme. Quando ela fica doente, o clima da história muda instantaneamente e Seita passa a sentir o desespero da situação em que eles se encontram. Acho que o momento em que ele vai procurar ajuda na vila um dos mais tristes na história. Ele se vê impotente diante do que acontecia com Setsuko.

Responder
Marcelo
24/8/2017 05:45:37 pm

Eu morava no Japão quando assisti este filme e sempre que ia ao supermercado e via aquelas latinhas de drops (que Ainda existem) lembrava da Setsuko... omg, de cortar o coração os efeitos da guerra na vida das pessoasz

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
24/8/2017 10:01:42 pm

Fala, Marcelo!

A maneira como esse filme toca o coração das pessoas é incrível. Percebo que alguns se ligam a imagens enquanto outros a determinadas cenas. A que mais me marcou foi a da bicicleta quando ele corre para buscar ajuda para a irmã.
E, sim, a guerra é cruel com quem fica principalmente.

Aliás, te recomendo ler um livro chamado Gigante da Guerra, escrito pelo autor Diego Guerra. É um livro de fantasia que fala justamente de pessoas que ficaram enquanto seus entes queridos foram à guerra. Todo o sofrimento que a guerra causa indiretamente às pessoas. Deixo aqui a resenha do livro:

goo.gl/vqQqHE

Responder
ALEX ELOY NOGUEIRA
8/9/2017 02:47:21 pm

Filme maravilho, triste, mas maravilhoso.
Mostra com beleza e realidade, como a vida das pessoas é afetada e modificado pela guerra, triste perceber que aqueles que mais sofrem com os conflitos armados, são justamente os mais simples, os mais humildes, os mais pobres ou mais frágeis. Principalmente as crianças. Essas pessoas são justamente aquelas que menos tiveram culpa na inclusão da guerra e são as que mais sofrem. (vide o que ocorre atualmente na Síria, e com os refugiados aos montes vemos imagens de crianças que morrem vitimas de bombas, tiros, afogadas, de fome, etc)
MAs em geral em qualquer crise os mais frageis são os que sofrem mais, vulgo Os miseravais nas favelas, os sertanejos e suas famílias no Nordeste, os que padecem de todos os males na AFRICA etc.
Triste tudo isso? Sim
mas é tudo real.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
8/9/2017 09:08:47 pm

Esse é um daqueles filmes profundos que são capazes de tocar no fundo de nossos corações. Isso porque ver a pureza das crianças ser atacada por algo tão ruim é de partir o coração. Me lembro que eu chorava horrores com as cenas mais para o final. Porque eu queria acreditar que eles conseguiriam sair bem daquela situação e não é isso o que acontece. O Túmulo dos Vagalumes não é aquele filme com final feliz. E ele é um soco na boca do estômago para nos fazer pensar sobre o que estamos fazendo ao mundo.

Responder
Rosa
23/9/2017 02:42:51 am

Esse filme me fez chorar muito e pensar sobre a maldade e falta de compaixão cultivadas no coração dos homens que deflagram as guerras. Esse não é um filme que no final podemos nos consolar com "ah, mas é apenas um filme, ficção". Estou com uma dor imensa no coração, refletindo o passado e pensando no presente, nessas ameaças cada vez mais próximas da realidade, e naquelas que acontecem no oriente médio. Com certeza um filme belíssimo e tocante que todo mundo deveria assistir, na minha opinião.

Responder
Paulo Vinicius F. dos Santos
23/9/2017 10:48:59 am

Concordo totalmente com você, Rosa. Acho que antes de os nossos líderes pensarem na guerra como uma brincadeira entre quem é o melhor ou mais forte, é preciso pensar naquelas pessoas que serão afetadas direta ou indiretamente por ela. Esse filme é marcante por conta disso. Mostra algumas situações pesadas de uma maneira singela e poética. Para mim, esse tipo de história só poderia ter saído da mente dos criadores do Studio Ghibli.

Responder
Mateus
6/1/2018 05:25:08 am

Eu tentei segurar as lágrimas, e olha que é muito difícil eu chorar

Responder
Paulo Vinicius
6/1/2018 02:19:10 pm

Fala, Mateus

Somos dois, cara. Por mais que a gente tente, o filme toca no coração. É uma narrativa muito pessoal e particular sobre um acontecimento terrível na história do Japão.

Responder
Juliana
16/2/2018 04:50:19 pm

Assisti esse filme pela primeira vez há aproximadamente 4 anos atrás e na versão humana há poucos dias. Confesso que muito me emocionei e não sei se conseguirei ver novamente. Existem muitos filmes que retratam as condições dos combatentes, mas poucos falam dos civis nos momentos de guerra. Isso reflete o quanto a guerra politicamente falando é importante para esse sistema, mais até que as pessoas que são "sutilmente esquecidas".

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